O governador D. Antônio de
Noronha mandou abrir uma estrada que, passando pelo vale, fosse até o Cuieté,
no rio Doce, abaixo de Valadares. Ele governou Minas Gerais de janeiro de 1775 a fevereiro de 1780. Os
operários romperam cerca de vinte léguas, através das “Matas Nacionais”, de que
existe hoje apenas um pedaço, o Parque Florestal. Foi seu sucessor D. Rodrigo,
quem a completou e inaugurou. Ficou conhecida como Estrada Aberta, ou do
Degredo.
A “Aberta”, como era
chamada, atravessava quatro grandes pontes neste Sertão: a do Piracicaba
(Antônio Dias), a ponte Alta (Ribeirão do Mombaça), a Ponte Queimada, no Rio
Doce, e a do Sacramento Grande (Bom Jesus do Galho). A ponte do Rio Doce,
inaugurada em final de século 18, ficava pouco abaixo da atual, numa corredeira
entre os saltos Jacutinga e do Inferno. Foi incendiada em meados de 1793,
tomando então o nome de “Ponte Queimada”.
Quem a teria queimado? Os
soldados acusavam os índios, que acusavam os soldados. O nome Ponte Queimada
tem quase 200 anos e nunca se soube quem pôs fogo na ponte: uns são de opinião
que os incendiários foram os degredados; outros acham que foram os próprios
policiais, que desejavam acabar com aquela arriscada missão, e há quem pense
que foram os índios.
O que
importa para a defesa da causa da ACESITA é que, tanto a estrada, que atravessa
a área do Parque Florestal, quanto a ponte sobre o Rio Doce, foram inauguradas
no ano de 1782 pelo governador da Capitania de Minas Gerais, D. Rodrigo, em
pessoa. Pagou caro pela aventura: quando retornou a Vila Rica estava gravemente
doente, tomado pela malária.
Observação:Fotos de Elvira Nascimento e Texto cedido por Arlaine Castro.
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