Calendário de Eventos Ambientais no Entorno do Parque Estadual do Rio Doce

sábado, 20 de julho de 2013

Um pouquinho do que temos















Um exemplo a ser seguido

BOAS PRÁTICAS RURAIS

Grupo de ação ambiental Guaxinim, em Arcos, cria novos procedimentos para agricultura familiar e coleta de lixo rural.
Enquanto, em nível mundial, avança a discussão para encontrar alternativas e reduzir gastos com a transição da agricultura tradicional para a verde, moradores do município de Arcos MG, no centro-oeste do estado, colocam em práticas experiências inteligentes e eficazes que dispensa o investimento de cifras bilionárias.
A experiência de Arcos foi apresentada durante o segundo Encontro Regional  de Políticas públicas e Corresponsabilidade Social promovido pelo CREA minas em parceria com a Ouvidoria Geral do Estado, em Divinópolis,em setembro de 2012.Uma das resoluções foi incentivar as cadeias produtivas de alimentos locais com a elaboração de plano setorial e estabelecimento de programas para garantir produtos de qualidade para o consumidor final.
Fundado em 2009 por Zenaldo Lima da Fonseca e Irani Muniz Leão, funcionária da Empresa de assistência Técnica e Extensão Rural do estado de Minas Gerais (Emater MG), o Grupo de Ação Ambiental Guaxinim estabeleceu novos procedimentos que foram adotados pela agricultura familiar na região. A proposta tem como meta o cultivo de lavouras sem a utilização de produtos químicos.
Segundo Zenaldo, o projeto foi elaborado após minuciosa avaliação de uma produção de tomates. Na ocasião, foi verificado que grande parte dos produtores de tomate utilizava os sistemas convencionais. “Foi então que resolvemos propor aos agricultores a participar da experiência de plantar tomates sem produtos químicos”, relembra o funcionário da Emater, acrescentado que o sucesso foi tão grande que hoje, alem do tomate, outros produtos também são cultivados sem utilização de agrotóxicos, como beterraba, cenoura, abobrinha, jiló e quiabo.
RECONHECIMENTO
A qualidade dos produtos sem agrotóxicos está sendo reconhecida. Os alimentos são vendidos para o Programa Nacional de Merenda Escolar. Atualmente, um grupo formado por 18 agricultores está sendo treinado para multiplicar a experiência de transição da produção convencional  para o manejo de lavouras sem agrotóxicos.
“São pequenas ações que tem ajudado a reduzir a contaminação do meio ambiente e, por consequência, proporcionado melhoria de qualidade de vida da população”, destaca Zenaldo. Ainda segundo ele, as ações do Grupo Guaxinim são baseadas na agroecopedagogia, termo que ele próprio criou. ”Trata-se de um processo de ensino e aprendizado que busca, na ciência e no meio ambiente, as melhores condições de interação da intenção rural com o setor de ensino e comunidades rurais para contribuir com a geração de ações e comportamentos sustentáveis com os agros ecossistemas rurais e urbanos”.
Na avaliação de Irani Muniz Leão,  há um sentimento coletivo de que os projetos estão no caminho certo e, por este motivo, cresce a motivação para desenvolver novas pesquisas.”

RESIDUOS SOLIDOS
Outro projeto desenvolvido pelo grupo, também a baixo custo, trata-se do recolhimento de lixo rural.
“Ao ver toneladas de lixo no meio rural, mais especificamente na comunidade se São Domingos, grota do Fundão, o primeiro momento foi de choque, com alto impacto dos grandes males que o lixo traz para a terra a água, os animais e seres humano”, relembra.A primeira ação do grupo, entre planejamento e execução, durou menos de uma semana.Mais de 10 toneladas de lixo foram removidas da natureza.A iniciativa contou com o apoio de famílias da comunidade rural, membros da Escola Municipal Laura Andrade e também da prefeitura,além de várias entidades ligadas  a causa.
A direção da escola Laura Andrade que a unidade tem nucleado em sua sede 16 comunidades distinta, de onde vem os alunos que fazem parte do grupo de Ação Ambiental Guaxinim. A diretora da escola, Soraia Marcelino, comemora os bons resultados da parceria, que aborda a coleta de lixo rural tendo como preocupação reciclagem e condução para o local correto, após a construção de centros de coleta de lixo rural. “Conseguimos mudar a cultura e alterar a queima do lixo e o enterro inadequado na área rural. Além disso, os alunos participam de atividades sustentáveis, a exemplo da agra ecologia na produção de verduras”.
Zenaldo esclarece que poucos administradores públicos investem hoje na coleta de lixo rural, por considerar que a atividade se torna inviável por diversos fatores. Entre os quais, estão a distância dos centros urbanos, a reduzida  frota de veículos e d mão de obra para executaras tarefas, além dos custos e da falta de visibilidade política. “Na realidade existe a falta de organização comunitária para buscar soluções apara o problema”.
É exatamente por esses motivos que práticas antigas e inadequadas ainda perduram, como a utilização exaustiva dos monturos, locais destinados ao descarte e queima do lixo. “Esse método ainda persiste em várias cidades”. O problema é que o resultado da incineração de plástico e outros materiais tóxicos poluem o meio ambiente e agride a saúde das pessoas e de criações.
Outra preocupação é o descarte de embalagens de agrotóxicos.estas embalagens não deveriam deste processo de queima e abandono na natureza,deveriam ser lavadas e devolvidas ás empresas de origem.O lixo do meio rural tem impacto imediato e negativo para a natureza, pois pode contaminar diretamente as águas subterrâneas,nascentes,afetando a vida de todos seres vivos.De acordo com o IBGE,existe cerca de 415 mil probidades em Minas e 85 mil delas são potenciais usuárias de agrotóxicos.
ADESÃO
Após as primeiras ações da Emater, por intermédio do grupo, os resultados  positivos com a retirada do lixo rural geraram lucros. O líder comunitário de São Domingos, João Teixeira, reuniu famílias e materiais para construir o primeiro Centro de Coletas Rurais. A unidade custou 150 reais.
Todo material descartado pela produção agropecuária é removido do meio rural e enviado para a CLR até ser transportado para uma central de reciclagem em Arcos.
Hoje todo mundo gera lixo, é lixo da cidade que vai para a roça e lixo da roça que permanece na roça. Agora, nós estamos levando o material descartado para o Centro de Coleta de Lixo Rural. Avança os muito, pois antes a gente ficava incomodada com esse tipo de material que era abandonado na natureza. A iniciativa foi muito positiva. Toda a comunidade aderiu e não vai abandonar a ideia.


Fonte Revista Vértice CREA minas.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Convite para Romaria Ecológica 2013





Extinção

                      Camarão de água doce da espécie ‘Macrobrachium rosenbergii’ .
O número de espécies extintas e ameaçadas de extinção no planeta Terra continua a crescer por conta das atividades humanas, segundo a nova versão da Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), divulgada hoje. Mais de 700 espécies de plantas e animais foram adicionadas à lista nas suas três categorias de ameaça, elevando o total para 20.934. Outras 4 mil, aproximadamente, foram incluídas em outras categorias.
Entre os destaques estão várias espécies de coníferas (árvores com flores em forma de cones ou pinhas, como os pinheiros), que são os maiores e mais antigos seres vivos do planeta. O status de todo o grupo foi reavaliado, e concluiu-se que 34% das espécies de coníferas estão ameaçadas de extinção.
Uma das que correm mais risco é a araucária, ou pinheiro-do-paraná, classificada desde 2006 como criticamente ameaçada. Espécie típica das regiões mais frias e de maior altitude da Mata Atlântica brasileira, ela teve sua área de ocorrência reduzida drasticamente nas últimas décadas por conta da conversão de matas nativas em áreas de agricultura e silvicultura.
E agora, com o aquecimento global, pode ser que a coisa piore mais ainda para essa árvore, que prefere temperaturas mais amenas. “A modelagem do impacto das mudanças climáticas indica que até o final deste século a espécie poderá estar extinta na natureza”, disse o botânico Carlos Joly, da Universidade Estadual de Campinas, coordenador do programa Biota-Fapesp.
Ele ressalta que as listas de espécies ameaçadas (dentre as quais as da IUCN são referência mundial) são uma ferramenta científica indispensável para a conservação da biodiversidade. “A recém criada Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), cuja proposta preliminar do plano de ação 2014-2018 foi colocada em consulta pública na semana passada, utilizará revisões como esta da IUCN, no primeiro diagnóstico global previsto para o final de 2018”, afirma Joly.
A IPBES foi criada em 2010 pelas Nações Unidas para fazer pela biodiversidade o que o famoso IPCC faz pelas mudanças climáticas. Joly é um dos diretores do Painel Multidisciplinar de Especialistas do órgão.
Estatísticas. 
Dentre as 20.934 espécies consideradas ameaçadas de extinção na nova lista, 4.090 estão na categoria “criticamente em perigo” (137 a mais do que na anterior). Algumas recebem até mesmo uma anotação como “possivelmente extintas”, quando já não são vistas na natureza há algum tempo. Como, por exemplo, um camarão de cavernas da Flórida que passou para essa categoria. O grupo dos camarões de água doce foi avaliado por completo pela primeira vez nesta revisão: 28% estão ameaçados.
A revisão passou ainda por alguns grupos específicos de lagartos e plantas. No total, em números exatos, 4.807 espécies foram adicionadas à lista, das quais 709 classificadas como ameaçadas de extinção, em três categorias: 139 criticamente em perigo, 255 em perigo e 315 vulneráveis.
Três espécies foram declaradas extintas nesta revisão: Chioninia coctei (um pequeno lagarto do arquipélago de Cabo Verde, exterminado pela introdução de ratos e gatos nas ilhas); Cyprinodon arcuatus (um peixe da bacia do Rio Santa Cruz, no Arizona, exterminado pela perda de habitat); eMacrobrachium leptodactylus (um camarão de água doce).
Esta é a primeira de duas revisões da lista previstas para este ano. Os números totais globais ficaram assim:
Lista Vermelha IUCN 2013.1:
Total de espécies analisadas: 70,294
Total de espécies ameaçadas: 20,934 (30% das espécies analisadas; são consideradas “ameaçadas” as espécies nas categorias criticamente em perigo, em perigo e vulnerável)
Categorias:
Extinta = 799
Extinta na Natureza =61
Criticamente em Perigo = 4,227
Em Perigo = 6,243
Vulnerável = 10,464
Quase ameaçadas = 4,742
Menos preocupante = 31,846
Dados Insuficientes = 11,671
Risco menor/Dependente de Conservação = 241 (categoria “antiga”, que está deixando de ser usada pela IUCN)
Herton Escobar / O Estado de S. Paulo


Obs; Fundação relictos!