Calendário de Eventos Ambientais no Entorno do Parque Estadual do Rio Doce

terça-feira, 18 de novembro de 2014

70 anos do Parque Estadual do Rio Doce - Tempo de reflexão e transformações



2014, 70 anos do Parque Estadual do Rio Doce. 


A razão da nossa existência atinge a maturidade, a maior reserva contínua de mata atlântica de Minas Gerais, reconhecido internacionalmente como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e o único sítio RAMSAR da região sudeste do Brasil e do Bioma Mata Atlântica.

Essa data deve ser vista como um momento de reflexão, de pensar os próximos anos, não apenas os próximos 70, mas a eternidade, que é o tempo esperado por nós, para a existência do nosso tesouro.
Pensar este futuro exige de nós avaliar o passado, quando muito foi feito, para chegarmos onde estamos. Exige continuarmos agindo proativamente no presente, como vem sendo feito, para avançarmos ainda mais. Este momento deve nos fazer unir esforços, caminhar juntos, de mãos dadas, seguir em frente, com garra, com amor  e com respeito à diversidade de pensamentos, de desejos, de opiniões.

Para celebrar esse momento de reflexão, da chegada de novos desafios, que certamente se transformarão também em novas oportunidades, a Associação dos Amigos do Parque Estadual do Rio Doce se prepara e vem buscando, continuamente, apoiar o Parque Estadual do Rio Doce na superação dos desafios atuais e futuros, de forma a integrar a população do entorno, reforçando o elo de união para a conservação da natureza e o bem estar das pessoas.

O símbolo deste momento, para nós da associação, firma-se com a criação solidária da nossa nova logomarca, criada para marcar, com seus simbolismos, este momento, reverenciando o passado e a história da associação e das pessoas que fazem e fizeram muito, voluntariamente, para que chegássemos até aqui.



A nova logomarca da associação foi criada voluntariamente e doada à associação DuPERD pelo publicitário Éverton Ouriques, amante da observação de aves, que se encantou pelo parque, quando aqui esteve, para praticar seu hobby, a convite da associação e da administração do parque.

Essa logomarca representa a releitura da antiga marca da associação, pensada e criada pelos seus sócios mais antigos, em sua maioria, os seus fundadores, que plantaram as sementes para nossa caminhada atual e futura. Ao fazer isso, a nova marca busca reverenciar nossa história.

A pata da onça pintada representa a união, a caminhada de todos pelo objetivo comum. Fazendo alusão às mãos e pés, que nos levarão, juntos, ao que pretendemos, um Parque Estadual do Rio Doce eternamente preservado e integrado harmoniosamente com as comunidades do seu entorno.

A onça-pintada representa a garra, a coragem, a força para seguirmos em frente, mesmo na dificuldade e simboliza toda a rica fauna no parque. As cores representam a flora e as águas, razão do reconhecimento internacional de uma das mais importantes áreas úmidas do planeta, com suas mais de 40 lagoas, parte de um conjunto regional de mais de 160. Dentre estas, a maior delas tem grande importância simbólica, ao homenagear um dos maiores responsáveis pela proteção legal dada ao parque, há 70 anos, o bispo Dom Helvécio.

Por fim, reafirmando um compromisso com nossas raízes e com nossa cultura oral, o nome DuPERD, repetindo o carinhoso jeito mineiro de falar, unindo a associação e o parque, da forma como as pessoas se expressam, seja para falar das mudas de espécies nativas produzidas no viveiro DuPERD, importantes na recuperação da vegetação nativa na nossa região, seja para lembrar da marcante Romaria Ecológica DuPERD, assim como em tantas outras situações e certamente, da nossa Associação dos Amigos DuPERD.

Esperamos que esse momento nos traga mais caminhos e energia para continuarmos nossa caminhada de apoio a esta preciosa dádiva que temos o privilégio de estarmos próximos e podendo participar ativamente da sua preservação, convidando a todos para se unirem à nossa caminhada, à caminhada do Parque Estadual do Rio Doce, rumo à eternidade.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Fauna do Parque Estadual do Rio Doce

Fauna do Parque Estadual do Rio Doce


O Parque Estadual do Rio Doce (PERD) apresenta uma grande diversidade de espécies da fauna

silvestre. Entre estas espécies, existe um grupo muito temido pelas pessoas. No PERD já foram

registradas até o momento 28 espécies deste grupo, sendo que existe em torno de 1.120

espécies distribuídas por todo o globo terrestre, com exceção das regiões polares. No Brasil

são descritas 167 espécies. Este grupo a que me refiro são os morcegos, geralmente são

lembrados como criaturas sinistras e na maioria das vezes indesejáveis pelas pessoas que não

os conhecem. Eles pertencem a Ordem Chiroptera (Chiro=mão + ptera= asa), pois

desenvolveram uma membrana entre os dedos formando as asas. Eles são os únicos

mamíferos com capacidade de voo e tem grande importância para a natureza, atuando no

equilíbrio ecológico associado ao tipo de dieta que cada espécie apresenta. Os morcegos que

se alimentam de frutos, por exemplo, são importantes na dispersão de sementes. Os

frugívoros juntamente com os pássaros, são os principais responsáveis pela recuperação das

florestas, espalhando sementes em áreas desmatadas. Os morcegos que se alimentam de

néctar, assim como os beija-flores, ajudam a polinizar as flores de muitas espécies de plantas,

contribuindo para a reprodução das mesmas. Existem ainda, os morcegos insetívoros

contribuindo para o controle da população de insetos, inclusive daqueles que atacam as

lavouras. E por fim, os hematófagos que se alimentam de sangue. Apesar de todos os

morcegos levarem fama de vampiros, apenas 3 espécies hematófagas são encontradas no

Brasil. Ao contrário dos que muito pensam, eles não chupam sangue, mas lambem o sangue

que escorre pelo pequeno corte feito por seus dentes afiados.

Os morcegos são animais noturnos e se localizam através da ecolocalização, um radar natural

que utilizam para orientação de deslocamento e busca de alimento. Mas isso não quer

dizer que os morcegos são cegos, eles enxergam e apresentam olfato e audição muito bem

desenvolvidos. Em termos reprodutivos, apresentam um período gestacional de 2 a 7 meses

dependendo da espécie. Nasce de 1 a 2 filhotes por gestação e os filhotes são alimentados

com leite.

Por falta de informação, algumas pessoas têm o mau hábito de matar os morcegos, sem saber

qual o real valor desses animais para o meio ambiente.


Mirlaine Soares Barros

Bióloga - Parque Estadual do Rio Doce

mirlaine.barros@meioambiente.mg.gov.br

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Lagoa Amarela


O Parque Estadual do Rio Doce unidade de conservação criado em 14 de julho de 1944 a primeira unidade no estado de Minas Gerais e a segunda do País, sua beleza peculiar dos seus ecossistemas deslumbra o maior tesouro natural para o Vale do Aço e para o mundo, acredite se Deus fez o mundo em sete dias grandes momentos de inspiração ficaram para esculpir os mínimos detalhes no interior dessas matas, suas lagoas e a diversidade de plantas e animais faz do Parque o mais belo de todos. Nossa caminhada parte de barco atravessando a lagoa Dom Helvécio sentido a lagoa Amarela neste percurso passamos pelas lagoas Bonita e Anastácia até então chegar na lagoa Amarela, foram percorridos 4 Km mata a dentro as lagoas infestadas de piranhas parecem não se importar com a nossa presença e se torna perigoso entrar na água, até os animais correm risco como a Anta e as Capivaras, nossa equipe estavam presentes funcionários do Parque e a Polícia Ambiental Sto. Dutra e Cbo Ronaldo o objetivo da nossa atividade é elaborar uma trilha para interpretação ambiental para que possamos conduzir o turista a conhecer as matas e as lagoas, este trabalho de conscientização é muito importante para as unidades de conservação visto que a preservação dos recursos naturais vem de encontro ao conhecimento e informação repassada das atividades de Ed. Ambiental realizada dia a dia com os Guardas – Parque, vale ressaltar também que essas atividades de interpretação ambiental fortalece as unidades de conservação  no nosso País. A interpretação ambiental sempre fez parte da nossa história, desde a chegada dos colonizadores pelo estado da Bahia podemos dizer que iniciava a primeira interpretação ambiental no Brasil retratada pelos índios locais, enfatizando a beleza cênica das matas ao mostrar as belíssimas plantas e animais aos colonizadores formalizando empiricamente a primeira interpretação ambiental da época, após reformulada no final do século passado a interpretação se tornava valorizada em vários segmentos e hoje uma ferramenta de trabalho importantíssima para as unidades de conservação, portanto a interpretação quebram paradigmas no conhecimento e informação incute valores ainda maiores na educação para o conhecimento técnico e empírico  resgatam costumes e fatos histórico promovendo a inclusão social. Um grande abraço e aguardamos vocês para esta caminhada.....     




Claudio Fernandes

terça-feira, 1 de julho de 2014

Recuperação de nascentes

 PROJETO ESTRATÉGICO PERD / IEF PROPRIEDADES ATENDIDAS MUNICÍPIO DE DIONÍSIO ANO – 2013 A 2014

 O  Projeto  Estratégico inserido  ao  Fomento Florestal do Instituto Estadual de Florestas – IEF do Estado de Minas Gerais  vem desenvolvendo juntamente  com os produtores  do Município  de Dionísio  a  recuperação  de  nascentes,  o  projeto iniciou no final de 2013 e foram contemplados 35 produtores  e  mais  de  50  nascentes  sendo recuperadas

.O  objetivo  do  Projeto  é  a  recuperação  e  a preservação  desses  mananciais  através  do cercamento e plantio de mudas, a proteção desses locais  como  topo  de  morro  garante  a  recarga hídrica dos lençóis freáticos contribuindo para a biodiversidade da fauna e flora e o abastecimento das  comunidades  locais  com  a  utilização  dos  recursos de forma racional e sustentável.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

visitem este site

http://www.rabissco.com.br/TPON_WWW.AVISBRASILIS.COM.BR.PDF

Instituto terra

Parceria faz parte do projeto “Doces Nascentes Capixabas”, que atua na proteção,conscientização e preservação dos recursos hídricos do Estado

Vitória, 12 de junho de 2014 – Alinhada e ciente da importância de apoiar ações que promovam a sustentabilidade, conscientização e preservação ambiental, a EDP, empresa do Grupo EDP Energias de Portugal S.A., com o apoio do Instituto EDP e em parceria com o Instituto Terra, realiza pelo terceiro ano consecutivo o projeto Doces Nascentes Capixabas, cujo objetivo é revitalizar, proteger e recuperar nascentes no município de Baixo Guandu, no Espírito Santo, que fazem parte da bacia hidrográfica do Rio Doce.
Com a iniciativa, nos dois primeiros anos do projeto já foram recuperadas 32 nascentes e, neste ano, o projeto já está atuando na proteção e recuperação de outras 13, beneficiando produtores rurais na região capixaba do Rio Doce“Nosso objetivo é conscientizar os agricultores sobre a importância da recuperação e manutenção das áreas que cercam as nascentes, bem como dos benefícios para toda a sociedade do uso sustentável dos recursos naturais”, afirma Pedro Sirgado, diretor Executivo do Instituto EDP, entidade que coordena as ações socioambientais do Grupo EDP.
Os bons resultados conquistados são fruto, principalmente, do trabalho de conscientização da importância de preservação das nascentes realizado com pequenos produtores rurais. Uma vez que os donos da terra aceitam participar do projeto, o Instituto Terra elabora um projeto técnico de uso e ocupação do solo, bem como a distribuição de insumos e mudas para a proteção e recuperação dos mananciais. Aos produtores rurais é dada a responsabilidade de plantar as mudas e cercar as áreas, quando necessário.

Recursos hídricos
O aumento da quantidade e qualidade dos recursos hídricos é o principal benefício para os produtores rurais participarem do projeto. A elaboração de um planejamento do uso da propriedade em concordância com código florestal e a mudança na relação do homem com o meio ambiente também são aspectos que tornam a iniciativa atraente e despertam interesse de outros agricultores. “É comum os técnicos do Instituto Terra serem procurados por produtores vizinhos à propriedade em que o projeto está sendo executado interessados em aderir ao programa”, diz Gilson Gomes de Oliveira Júnior, analista de Projetos do Instituto Terra. 
A reação dos proprietários das terras após a conclusão do projeto confirma o impacto positivo das ações executadas. “De forma geral, há uma relação de gratidão por parte dos produtores beneficiados. Muitos deles fazem questão de dar depoimentos sobre a satisfação de terem recebido nossa assistência”, finaliza Sirgado.

sábado, 26 de abril de 2014

BlitZ






MILITARES AMBIENTAIS REALIZAM PALESTRAS E BLITZ ECOLÓGICA EM COMEMORAÇÃO AO DIA MUNDIAL DO PLANETA TERRA.


O Dia da Terra, 22 de abril, é uma data festiva comemorada em muitos países do    Mundo. A data foi criada nos Estados Unidos por Gaylord Nelson, senador e ativista ambiental. Além de criar a data, o senador lutou pela divulgação e promoção de seus objetivos.
A data foi criada com o propósito de abrir discussões em todo mundo sobre a importância da preservação dos recursos naturais do planeta Terra. Além disso, tinha como objetivo criar uma consciência mundial sobre os problemas da contaminação, destruição da biodiversidade, uso não sustentável dos recursos naturais, desmatamentos e outros problemas que ameaçam a vida em nosso planeta.
Baseado neste contexto, no período de 22 a 24 de abril, militares do 3º Pelotão de Policia Ambiental “Sargento Agenor de Almeida Costa”, sediado no Parque Estadual do Rio Doce, realizaram blitzes ecológicas e palestras nas escolas do entorno. As blitzes foram realizadas na rodovia LMG 760, trevo de Cava Grande, Marliéria e na rodovia LMG 759, saída da cidade de Pingo D’Água. Foi distribuído um total de 160 mudas da espécie Ipê nativas da região.
Foram realizadas palestras nos seguintes educandários: E. E. Prof. Dinalva Maria de Souza, em Pingo D’Água, E. E. João Paulo II, Revés do Belém, Pingo D’Água, E. M. Jose Pedro da Silva e E. E. em Horto Belém, Distrito de Cava Grande, Marliéria, E. E. Liberato de Castro, Marliéria e na E. E. Paulo de Assis Castro, em Conceição de Minas, Dionísio. Foram contempladas pelas palestras cerca de 496 pessoas, entre alunos do ensino médio e fundamental, professores e diretores.
       

JOSÉ MARIA DOS SANTOS, 1º TEN PM
COMANDANTE DO 3º PELOTÃO MAMB/PERD


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Campanha plante uma árvore

engajamento virtual na campanha
 “PLANTE UMA ÁRVORE
A campanha “Plante uma árvore” é uma ação sustentável realizada pela Ikebana Flores. Toda a sua divulgação é realizada pelo Coletivo Cirandar

A Campanha “Plante uma árvore” está sendo disseminada nos blogs, sites e redes sociais, e tem ganhado apoiadores de diversos locais do país. A campanha é colaborativa, o que faz toda a diferença, pois para ter a participação efetivada e a muda plantada em seu nome o internauta precisa postar o link com o nosso conteúdo exclusivo em seu site ou blog.
Sabemos a sociedade, de modo geral, tem se tornado mais consciente sobre a responsabilidade individual e coletiva, e ter uma atitude sustentável faz toda a diferença. É nosso direito e obrigação acompanhar as ações políticas, cobrar para que as grandes empresas sejam fiscalizadas rigorosamente e, dessa forma, poderemos esperar por um futuro ambientalmente melhor.
Já foram mais de 150 apoiadores, um deles é o SOS MATA ATLÂNTICA que está disseminando um guest post* sobre a nossa campanha - http://www.sosma.org.br/blog/doacao-de-mudas-para-acao-de-reflorestamento-na-serra-do-gandarela-mg; outro apoiador é Bike Pedal e Cia - http://www.bikepedalecia.com.br/noticias-que-rolam-por-ai/semeadores-do-bem-ciclistas-ativistas-nas-trilhas-de-minas-gerais
A importância da Serra do Gandarela falando em diversidade natural é indiscutível, são biomas de Mata Atlântica, vegetação rupestre e expansão de cangas ferruginosas. Gandarela também é abrigo de um manancial de água potável com as Bacias do Rio das Velhas e São Francisco, e abastece com água de qualidade a Região Metropolitana da capital mineira, entre outros municípios. É importante que se proteja a Serra do Gandarela por unidades de conservação, evitando queimadas, desmatamentos não autorizados e também a exploração do Minério de Ferro irregular, isso além de prejudicar a vegetação também acabará poluindo o Rio das Velhas, que abastece com água potável 60% de cidadãos de Belo Horizonte e municípios do entorno.
O seu segundo plantio realizado no último 23 de outubro, nesse último plantio 150 mudas foram semeadas. E nós, e todos os participantes ficamos muito felizes.  Veja as fotos e o vídeo do plantio:
Também estamos doando mudas do cerrado durante a campanha: ipê amarelo, ipê branco, sucupira, pata de vaca, tamarino e peroba. Basta vir a Ikebana Flores – Av. Getúlio Vargas, 1697, Savassi; de 2ª feira a 6ª feira, no horário de 10h00 às 19h00.  A floricultura on line vai divulgar através de vídeos e fotos as atividades do plantio. Participe, é bem simples e você ajuda o parque plantando a sua muda!
*Crédito


sábado, 1 de fevereiro de 2014

A verdade dos fatos


Reunião com o Ministério Publico em Governador Valadares - MG.
A Fundação Relictos vê com preocupação a manipulação da população em relação a paralisação das obras da MG 760.
Compartilhamos com os moradores a necessidade de ações concretas do governo para  retirar  da inércia econômica as populações do entorno do Parque do Rio Doce, mas não podemos  compartilhar com o que vem ocorrendo: colocam sobre o  meio ambiente e sobre as entidades ambientalistas a responsabilidade por anos e anos  de inércia , ineficiência  administrativa e projetos mal elaborados.
No caso especifico da BR 760 vemos com preocupação movimentos comunitários sendo manipulados e alimentados por inverdades e pelo desconhecimento do que realmente está ocorrendo.
A verdade dos fatos é que o DER MG estuda e prepara o projeto de  melhoria da MG 760  há mais de  10 anos. Na última hora,  entra  com um processo de licenciamento ambiental apresentando documentos e estudos incompletos,  onde  os impactos ambientais sobre o Parque do Rio Doce não foram na sua totalidade, levantados, analisados e propostas medidas  compensatórias adequadas.
É preciso ficar claro:
1. A Fundação Relictos não pediu nenhuma liminar na justiça. Esta iniciativa  foi exclusiva do ministério público  que cumprindo sua missão constitucional em defesa das direitos difusos da população entrou com o pedido de liminar.
2. A Fundação Relictos tem exercido sua responsabilidade com o meio ambiente no âmbito do licenciamento ambiental e em nenhum momento solicitou a paralisação das obras e sim, solicitou do DER – MG,   quatro ações  necessárias pra  minimizar os impactos da rodovia no Parque:
· Avaliação e proposição de passagens protegidas pala fauna nativa que  cruza a rodovia;
· A montagem de um ponto de apoio e atendimento a emergências ambientais  com produtos químicos na rodovia que possam comprometer o parque ;
· Fechamento do ramal Ponte Queimada / Cava Grande ao trânsito de veículos particulares;
· Pagamento da Compensação ambiental devida por força de lei a empreendimentos que causam impacto ambiental significativo.
Sempre estivemos dispostos e nunca nos negamos ao diálogo franco e transparente visando o bem comum, como temos feito agora na tentativa de desatar o nó existente no processo de licenciamento ambiental da obra da MG 760.
A Fundação Relictos esteve reunida no dia 24/01/2014 com o DER-MG, SUPRAM-LM e FIEMG- Vale do Aço, analisando os problemas ambientais existentes  com o projeto e procurando soluções. Em decorrência desta reunião foi realizada outra no Ministério Público em Governador Valadares,  quando o Ministério, a Fundação Relictos, o DER-MG,  a SUPRAM-LM e  a FIEMG- Vale do Aço discutiram  e vislumbraram um caminho que  poderá levar à retomada das obras.
Aguardamos esperançosos que as obras recomecem o mais breve possível com os graves impactos ambientais provocados pela obra equacionados e controlados com medidas preventivas e corretivas  adequadas.

Nota;Fundação Relictos

domingo, 12 de janeiro de 2014

Desmatamento ilegal


Mais de 1.500 árvores foram derrubadas na zona de amortecimento do Parque do Rio Doce.
 A empresa GPM Participação Ltda., com sede em Marliéria, cidade vizinha ao Parque Estadual do Rio Doce, foi autuada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) pela derrubada de 1.597 árvores de Mata Atlântica na localidade denominada Cava Grande, pertencente a Marliéria, em Minas Gerais. Segundo denúncia recebida pela Amda, a empresa tem intenção de lotear a área.
 De acordo com os autos de fiscalização, do total das árvores derrubadas, 346 pertenciam a Área de Preservação Permanente (APP), fato que caracteriza dupla infração às leis ambientais. A empresa foi autuada ainda por supressão de Mata Atlântica em estágio inicial de regeneração e realização de queimadas sem autorização do Instituto Estadual de Florestas (IEF).
 A propriedade foi vendida à empresa pela Aperam (antiga Acesita) à GPM. Segundo a fiscalização, a empresa estava fabricando carvão com os eucaliptos existentes na propriedade e com as árvores nativas derrubadas, utilizando Declaração de Corte e Comercialização (DCCs) fornecidas pelo IEF. As DCCs são documentos específicos para corte de florestas plantadas. Aproveitá-los para acobertar desmatamento continua sendo fato comum em Minas Gerais. As árvores que estavam empilhadas no pátio de carvoejamento foram deixadas no local, sendo a empresa responsabilizada como "fiel depositária". Para a superintendente executiva da Amda, Dalce Ricas, é bem provável que antes da fiscalização, muitas outras árvores nativas tenham sido queimadas.
 "A área onde está ocorrendo este crime ambiental fica pertinho do Parque do Rio Doce, bem à vista do IEF e mesmo assim a fiscalização só foi feita após solicitação da Amda. Ficou claro que a empresa está agindo fraudulentamente, utilizando as DCCs para acobertar o desmatamento. E não entendemos porque elas não foram suspensas", disse. Para Dalce, o fato demonstra a fragilidade da ação do governo na contenção do desmatamento, apesar do projeto estruturador de recuperação da Mata Atlântica e proteção do Cerrado concebido no primeiro governo de Aécio Neves. Após quase dez anos, Minas continua sendo campeã na derrubada do primeiro bioma, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
 O Parque Estadual do Rio Doce é a maior área de Mata Atlântica protegida no estado, com 36.800 hectares. A grande preocupação de ambientalistas, pesquisadores e técnicos do próprio IEF é o risco do avanço da ocupação humana em seu entorno, situação que pode trazer, a médio e longo prazos, danos irreversíveis à sua biodiversidade. O asfaltamento da rodovia estadual que liga a BR-262 a Timóteo pode tornar-se indutor desse processo, atraindo a cobiça da especulação imobiliária devido à beleza da região e abundância de água. Ela abriga nada menos que 104 lagoas marginais do rio Doce.
 "Entendemos que o asfalto é fundamental para a população da região e mesmo para aumentar a visitação ao parque. Mas se não for precedido de medidas verdadeiramente sérias para proteger a Mata Atlântica e os corpos d'água da região poderá tornar-se, como está acontecendo com o Parque Estadual do Rola Moça, facilitador de sua degradação", alertou Dalce.
 A Amda informa que buscará ação do Ministério Público e já encaminhou, hoje (08), solicitação formal ao diretor geral do IEF de cancelamento das DCCs e fiscalização semanal do empreendimento para garantir que as árvores derrubadas não serão transformadas em carvão e que a derrubada seja realmente paralisada. 

Fonte<Fundação Relictos.