Reunião com o Ministério Publico em Governador Valadares - MG.
A Fundação Relictos vê com preocupação a manipulação da população em relação a paralisação das obras da MG 760.
Compartilhamos com os moradores a necessidade de ações concretas do governo para retirar da inércia econômica as populações do entorno do Parque do Rio Doce, mas não podemos compartilhar com o que vem ocorrendo: colocam sobre o meio ambiente e sobre as entidades ambientalistas a responsabilidade por anos e anos de inércia , ineficiência administrativa e projetos mal elaborados.
No caso especifico da BR 760 vemos com preocupação movimentos comunitários sendo manipulados e alimentados por inverdades e pelo desconhecimento do que realmente está ocorrendo.
A verdade dos fatos é que o DER MG estuda e prepara o projeto de melhoria da MG 760 há mais de 10 anos. Na última hora, entra com um processo de licenciamento ambiental apresentando documentos e estudos incompletos, onde os impactos ambientais sobre o Parque do Rio Doce não foram na sua totalidade, levantados, analisados e propostas medidas compensatórias adequadas.
É preciso ficar claro:
1. A Fundação Relictos não pediu nenhuma liminar na justiça. Esta iniciativa foi exclusiva do ministério público que cumprindo sua missão constitucional em defesa das direitos difusos da população entrou com o pedido de liminar.
2. A Fundação Relictos tem exercido sua responsabilidade com o meio ambiente no âmbito do licenciamento ambiental e em nenhum momento solicitou a paralisação das obras e sim, solicitou do DER – MG, quatro ações necessárias pra minimizar os impactos da rodovia no Parque:
· Avaliação e proposição de passagens protegidas pala fauna nativa que cruza a rodovia;
· A montagem de um ponto de apoio e atendimento a emergências ambientais com produtos químicos na rodovia que possam comprometer o parque ;
· Fechamento do ramal Ponte Queimada / Cava Grande ao trânsito de veículos particulares;
· Pagamento da Compensação ambiental devida por força de lei a empreendimentos que causam impacto ambiental significativo.
Sempre estivemos dispostos e nunca nos negamos ao diálogo franco e transparente visando o bem comum, como temos feito agora na tentativa de desatar o nó existente no processo de licenciamento ambiental da obra da MG 760.
A Fundação Relictos esteve reunida no dia 24/01/2014 com o DER-MG, SUPRAM-LM e FIEMG- Vale do Aço, analisando os problemas ambientais existentes com o projeto e procurando soluções. Em decorrência desta reunião foi realizada outra no Ministério Público em Governador Valadares, quando o Ministério, a Fundação Relictos, o DER-MG, a SUPRAM-LM e a FIEMG- Vale do Aço discutiram e vislumbraram um caminho que poderá levar à retomada das obras.
Aguardamos esperançosos que as obras recomecem o mais breve possível com os graves impactos ambientais provocados pela obra equacionados e controlados com medidas preventivas e corretivas adequadas.
Nota;Fundação Relictos
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